quinta-feira, 8 de janeiro de 2015


“O BURRO SOU EU?”

Vai um burro albardado para o céu,
Disse a brincar, um doido certa vez!
Se foi algum estrangeiro ou português,
O certo é que esse burro não convenceu!

Se nisto acredito, o burro sou eu!
Porque esse eterno dito, alguém o fez
Numa exclamação, simples talvez,
Mostrando que o milagre não se deu!

E o burro irá sempre, conduzido
Num sítio, terra ou estado conhecido
Onde o burro albardado só chegou!

No céu voam as aves e o avião
E nem sequer, com arte de levitação,
Algum burro albardado se elevou!

João da Palma (Amlapad)

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