quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

“VIDA INTENSA”

“VIDA INTENSA”


Vivi uma vida intensa
Muito cedo, a trabalhar
Nesse tempo era sentença…
P’ra vida poder ganhar!


Estava fora de questão
Frequentar os Estudos…
Era a total negação
Ter formações e canudos…


Agora, estuda quem quer!
Porque não são obrigados
A trabalhar p’ra viver
Como eu, em tempos passados.


Fazendo o que não gostava
Vivendo assim tanto à pressa…
Quase nunca se acertava,
Quando assim se começa!


Agora, já reformado,
Lembro muito dessa altura…
Tanto tempo desperdiçado
Por causa da ditadura!...


30-11,2009, João da Palma

terça-feira, 24 de novembro de 2009

INGLÊS/PORTUGUÊS

INGLÊS/PORTUGUÊS


To drink diz-se beber
Go to lunch é almoçar
To eat sera comer
Have a dinner é jantar


Good morning é bom dia
Good afternoon, boa tarde
Vanity, fazer alarde
To be joy é alegria
Fancy sera fantasia
To be alive é viver
To died será morrer
Sleep é então dormir
To follow será seguir
To drink diz-se beber


To be angry é estar zangado
Be pleased, será contente
Old time é antigamente
To be tired, estar cansado
See-sick é estar enjoado
To walk é caminhar
Stop é então parar
Make love é fazer sexo
Puzzled é estar perplexo
Go to lunch é almoçar.


To love será amar
Shake hand, aperto de mão
Large bottle é garrafão
To dangle é balançar
To handcuff, algemar
To lose será perder
To hide é então esconder
Seed é semente e caroço
Breakfast, pequeno-almoço
To eat será comer.


Football é jogar à bola
Wonderful, maravilhoso
Lazy é ser preguiçoso
Foolish, não é bom da tola…
Ring é anel e argola
To work é trabalhar
To swim será nadar
See food será marisco
Tasty food é um petisco
Have a dinner é jantar.


24-11-2009, João da Palma

terça-feira, 3 de novembro de 2009

NATAL, SOPRO DE FANTASIA

NATAL, SOPRO DE FANTASIA

O natal é como o vento
Que sopra nas fantasias…
Quem estará então atento?
Aos natais dos outros dias!...

Ano a ano, se revemos
Neste sopro de vontade
P’ra alguns, mas na verdade
De outros mais pouco sabemos.
O que todos conhecemos
Nesta Quadra o andamento,
Algo fica em esquecimento
Da “lenda” do mensageiro…
Lufada de ar passageiro,
O natal é como o vento

O Homem vê-se valendo…
No negócio e facturando,
Enquanto que outros comprando
Presentes que vão escolhendo.
No mundo que vamos vendo
P’ra simular alegrias
Sabe Deus, as agonias
Que em muita gente, vão…
Com tantos na ilusão
Que sopra nas fantasias…

É ilusória a festança…
Que alguns fazem consolados
Esquecendo os desgraçados
E a indefesa Criança!...
No idoso; a insegurança
Que vem do seu desalento,
Vai ficando em esquecimento
Já deram tudo… na vida
E, na correcta medida;
Quem é que estará atento?

Sinto uma enorme tristeza
Como vai andando o mundo,
Num desencanto profundo
Na Família Portuguesa.
Devia haver mais justeza
Em sublimes harmonias…
Almas cheias, não vazias
Do grande amor fraternal.
P’ra que fosse sempre igual,
Aos natais dos outros dias!...

2001, João da Palma

sábado, 17 de outubro de 2009

LUTA EXALTADA…

LUTA EXALTADA…


Aos sete entrou na luta…
Até aos onze na escola
Criança… em nada desfruta
Aos doze e aos treze matuta…
Como irá “vergar a mola”

Bebendo da mesma fonte…
Vai p’ro campo, guarda o gado…
Não vislumbra um horizonte,
Caminha de monte em monte
Vive num mundo fechado…

Aos catorze, será marçano…
Encaixa bem, dando provas
Apenas está lá um ano,
Repara que há um engano
E vai tentar coisas novas…

Dos quinze aos dezassete,
Como estudar não podia;
Nesse tempo reflecte…
A seguir se compromete
Seguir na Hotelaria.

Nesta luta exaltada…
Tantas mágoas o consomem
Pela possível… estrada,
Esta Criança afirmada…
Aos vinte, já era Homem!...


17-10-09, João da Palma

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

domingo, 4 de outubro de 2009

NOTAS SINGELA

NOTAS SINGELA


Versos são frases compostas
São perguntas e respostas
São sátiras e elogios.
São dos Poetas, recados…
Avisos bem sublimados
Na cultura, desafios!


São incómodos também
Porque onde eles ficam bem,
Agitam águas paradas…
Versos são notas singelas
Pinceladas, aguarelas,
Das almas apaixonadas!


Versos são composições
Que embelezam as canções
Musicada em toda a parte
Em lindas letras cantadas
Por vezes até choradas…
Versos são engenho e arte!


Promovidos no “Confrades”
Versos são realidades
Como a luz de uma “candeia”
Versos são vida, cultura
Amor, carinho e ternura
São sangue na minha veia!...


15-09-09, João da Palma

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A PALAVRA SAUDADE

A PALAVRA SAUDADE

Mote:
A palavra saudade
Um sentimento profundo
È a sétima dificuldade
Das dez difíceis do mundo.

Glosas:
A palavra saudade
Da alma, a nostalgia…
È velhice e mocidade,
È choro e alegria!...


Uma dor que mal se sente,
Um sentimento profundo,
Uma queixa permanente,
Uma cura num segundo!...


È uma diversidade…
Embora não sensual…
È a sétima dificuldade
No meu país, Portugal!...


È imbróglio, e apática
Cai no coração, tão fundo
A palavra enigmática…
Das dez difíceis do mundo!...


28-09-09, João da Palma

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

USO A PALAVRA

USO A PALAVRA


Comecei a fazer versos
Com as palavras do povo
P’ra responder aos perversos,
Faço sempre um verso novo!


Se me espicaçam a veia,
Nunca me sinto aflito
Tenho sempre uma mão cheia…
Para qualquer erudito


Uso as palavras dos Montes,
Das Aldeias, das Cidades
E vou beber nessas fontes…
Os vocábulos das verdades!


E na minha Academia
Da vida, d’onde advém…
Faço a minha poesia
Sem copiar por alguém!


Esteja eu bem ou mal disposto,
Não me importo com ninguém
Faço os poemas que gosto
E onde podem ficar bem!...


13-04-09, João da Palma

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

SÓ ME FALTAVA VER AGORA!

SÓ ME FALTAVA VER AGORA!
(brejeirice)


Dançar fandango... um safio
Cantar fados... um macaco
A lua... a fumar tabaco
E o sol... a carpir de frio!


Um canguru... a dar pinos
Uma lesma... a cem à hora
Um burro... erudito agora
E o doutor... a pastar suínos!


Um ensino... que deteriora
A insolente estudantada...
Volta e meia, a dar porrada
À humilde professora!


E que devo dizer
Do jovem despenteado
De gadelha amaricado
E de brincos, como a mulher?!


Dola e podre sociedade
Onde já ninguém se entende...
Pois o homem, não compreende
O caminho da verdade!...


30/05/09, João da Palma

FUTEBOL E PROFISSÕES

FUTEBOL E PROFISSÕES


Quem tiver habilidade
Na bola, e oportunidade
Nos dribles, e engenhoso,
Não precisa saber ler,
Falar bem e escrever…
Para ser rico e famoso!


Vejam um trabalhador
Da terra ou pescador
E noutras áreas palpáveis…
Que trabalham toda a vida
Chapa ganha e batida…
E, reformas miseráveis


Olhem para o estudante
Que quer ser mais importante
Do que quem lhe abriu as fontes…
O jogador como é…
Basta dar um pontapé…
Saltam-lhe notas aos montes!


Não colhemos do relvado
Legumes, pão e pescado
Nem calçado ou vestuário
Mas quem produz a riqueza,
Vive sempre na pobreza
É o eterno operário!...


07-08-09, João da Palma

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O CORAÇÃO DO DAVID

O CORAÇÃO DO DAVID


Tenho estado na Torralta,
Voltei mesmo neste dia...
Às vezes também faz falta
Sair da monotonia!...


Então e tu como vais,
Com esse teu coração?
Espero que nunca mais,
Tenhas de pegar de empurrão!...


Estes versos, a brincar
Com um pouco de bonança...
É também p'ra te alegrar
Enquanto há vida há esperança!..


E anda p'ra aí tanta gente
Que, nem têm coração
Enquanto o teu felizmente,
Até chega a Portimão!...


E agora sem embaraço
Esta, a quadra mais linda!
Acaba com um abraço
Para o David e Arminda!...


01/08/2009, João da Palma

terça-feira, 30 de junho de 2009

O ARADE AO PÉ DE MIM

O ARADE AO PÉ DE MIM


Eu moro em Portimão, aqui fiquei
E desde sempre fui seu defensor…
Eu trato esta cidade com amor
E quero esta princesa que adorei!


Eu vivo esta ternura, e sonhei…
À beira do Arade, que esplendor!
Acordo e vejo um barco, um pescador
E adormeço ao colo desta Grei!...


Ter este Rio aqui ao pé de mim
Enorme calçadão, e um jardim
Tanta beleza ao sul a palpitar!...


O sol aberto, o fado e a cidade
Alma imensa dum povo sem idade…
E repleto este chão, corre p’ro mar!...


02-05-2004, João da Palma

sexta-feira, 13 de março de 2009

DESÍGNIO

DESÍGNIO


Eu queria tomar a Liberdade
De a celebrar no mundo inteiro...
- No étimo do amor verdadeiro
Que nos leva à diva Eternidade!


Eu queria ilibar a Sociedade
E fazer do amor nobre roteiro...
Romântico, puro e prazenteiro
Evocando às musas probidade.


Queria pesquisar todos os zelos
Que debelassem de vez os flagelos
E alçassem, por aí, minh’alegria...


Queria ser a força da franqueza
Pra talhar a empírica nobreza;
Aniquilando a insolente vilania!...


13-03-09, João da Palma

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O RAPAZ E O VELHO

O RAPAZ E O VELHO

Rapaz:
Tens muitos anos; e então?
Ó meu velho resmungão…
Esquecido da rapaziada…
Não queremos os teus conselhos
Idosos são trapos velhos
Que já não prestam p’ra nada.

Velho:
És jovem inexperiente,
Andas alegre e contente,
Não sabes avaliar…
Quem trabalhou toda a vida
P’ra tu teres à medida
Do que precisas gastar!

Rapaz:
És figura do passado
Da cena desactivado
Não passas de uma quimera…
Como uma folha caída,
És o Outono da vida
Que não é mais Primavera!

Velho:
Ainda não reparaste,
Tu que nunca trabalhaste
Nem produziste um tostão?
Não conheces o valor
Ao velho e trabalhador,
Das mãos que te amassa o pão!


14-02-09, João da Palma

domingo, 15 de fevereiro de 2009

AS ALMAS PARA ONDE VÃO?

AS ALMAS PARA ONDE VÃO?


Mote:
Todos temos que morrer
E não passamos do chão…
Ainda falta saber!...
As almas para onde vão?


Glosas:
Em dada altura nascemos
Para a vida, cada um…
Inda não sabe nenhum
Depois para onde iremos
Na terra, já o sabemos
Que termina o nosso Ser…
Qualquer modo de viver,
Seja rico ou seja pobre,
E ainda plebeu ou nobre
Todos temos que morrer

Sepultado em campa rasa…
Ou em jazigos dourados,
Todos seremos finados
Jamais voltamos a casa
Toda a vastidão se arrasa
Mergulhamos na solidão
Não somos mais condição
De vida, no Universo
Não voltamos ao reverso…
E não passamos do chão


Até aqui tudo certo
Entre a vida e a morte
Nem aquele com mais sorte
Mais parvo, ou mais esperto
Não terão o céu aberto
Para lá os receber
O que vai acontecer
À alma futuramente,
Não sabe nenhum vivente,
Ainda falta saber!...

Entre o céu e o inferno
Ainda não vimos os dois
Nem se afirmará depois
Qual será o mais fraterno
E se houver algum eterno,
Como reza a oração,
Vem esta interrogação
Numa pedrada ao assunto
E, deste modo eu pergunto
As almas para onde vão?

09-02-09, João da Palma

domingo, 8 de fevereiro de 2009

LAVRANDO

CEGO À REALIDADE

CEGO À REALIDADE


Mote
Todos querem um canudo…
P’ra viver mais à vontade
Neste mundo surdo e mudo
E cego à realidade!...


Glosas
Todos querem um canudo
Ter do bom, e consumir
E obter na vida tudo…
Sem precisar produzir!


Esquivar-se a “vergar a mola”
P’ra viver mais à vontade
Nem que seja até na bola…
Se tiver habilidade!


Mãos limpas como veludo…
Comer, beber e gozar
Neste mundo surdo e mudo
Já ninguém quer trabalhar


Se não muda de figura
O homem, foge à verdade
Sem pesca e agricultura
E cego à realidade!...


08-02-09, João da Palma

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

FOTO DE ANTÓNIO ALEIXO

TESTAMENTO

TESTAMENTO


OS MEUS VERSOS O QUE SÃO?
DEVEM SER, SE OS NÃO CONFUNDO
PEDAÇOS DO CORAÇÃO
QUE DEIXO CÁ NESTE MUNDO
(quadra de António Aleixo)


“Este livro que vos deixo”
Desse Poeta de então…
Muito bem, disse o Aleixo
OS MEUS VERSOS O QUE SÃO?


Serão dotes de excepção…
Dum poeta moribundo?
Carisma, ou revelação,
DEVEM SER, SE OS NÃO CONFUNDO


Excelente criatura…
De enorme imaginação
Deu-nos a alma e ternura
PEDAÇOS DO CORAÇÃO


Morreu com conhecimento
Talvez dissesse no fundo…
Este é o meu testamento…
QUE DEIXO CÁ NESTE MUNDO


19-11-08, João da Palma

sábado, 31 de janeiro de 2009

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

ABRIL É PRIMAVERA

ABRIL É PRIMAVERA


Se eu pudesse escolher
Uma estação, quem me dera!
Entre todas quero crer,
Escolheria a Primavera


Não queria passar frio
Como nos traz o Inverno
Que além de ser doentio,
Para mim é um inferno.


Até as próprias flores
Com a sua formosura
Soltam seus belos odores
Com amena temperatura


Por tudo isto, para mim
A Primavera é tão bela!
Mais lindo é um jardim
Do que neve na Estrela.


Até tu, minha linda rosa…
Vales flores, mais de mil
De todas, a mais formosa
Nascida no mês de Abril!...


28-01-09, João da Palma