quarta-feira, 25 de maio de 2011

“SEMENTE DO ALENTEJO”

“SEMENTE DO ALENTEJO”


Mote:
A minha voz não se cala
Nem o Alentejo consente…
Nasceu lá a minha fala
Do ventre de boa gente!


Glosas:
A minha voz não se cala
Gritando palavras d’oiro…
O poeta bem se exala!
Nas ondas do trigo loiro!


Era o que então faltava!
Nem o Alentejo consente…
Que um seu filho se calava,
Às dores que o mundo sente!


Alentejo, minha sala…
Onde me sento à vontade
Nasceu lá a minha fala
E morre gritando a verdade!


Nesse grito me aprofundo…
Sou Alentejo, semente…
Eu vim à luz neste mundo
Do ventre de boa gente!


25-05-2011, João da Palma

terça-feira, 24 de maio de 2011

“PASSÓCRATA”

“PASSÓCRATA”


Tanto Sócrates como Passos,
Vão-nos criar embaraços
Da coisa, são sempre a mesma…
Tudo caminha p’ra trás…
Porque nenhum é capaz
São mais lentos que uma lesma!


O Passos, ganancioso
O Sócrates mentiroso
De bom, não há nada novo
Se não actua o Cavaco,
Cava-se o maior buraco…
E quem se lixa é o povo!


É melhor votar em branco
Porque nenhum deles é franco
Andam-nos a enganar
Pensam neles e no Partidos
Nós é que somos comidos…
Não vale a pena votar!


Quem vencer as eleições
Não nos trazem soluções
O país vai-se perder…
Eles vão-nos afundar
“Passócrata” se chamar
Se, o Cavaco adormecer!


23-05-2011, João da Palma

quinta-feira, 12 de maio de 2011

SEMPRE À RASCA

SEMPRE À RASCA


À rasca é estar encalhado…
Naqueles anos quarenta
Se andas agora enrascado,
Olha; como eu, aguenta!


Mais que setenta, passados
Acham que isto se consinta?
Vinham tantos enrascados
Ind’antes dos anos trinta!


Com foice, sacho e enxada
E de pá e picareta
Como não tinham mais nada
Passavam dias sem “cheta”


Não se podia falar
Por causa daquela “ceita”
Era comer e calar!
A PIDE estava à espreita.


Agora saem da casca…
Já há liberdade, malta…
Embora estejam à rasca,
Parece que nada falta!


12-05-2011, João da Palma