sexta-feira, 31 de agosto de 2007

É TARDE PARA MIM

É TARDE PARA MIM


Não sei porque lutei demasiado
Tão cedo comecei numa labuta…
Aos quinze já eu era escravizado…
E agora, entristecido dessa luta.


Não sei também porquê inda recordo…
As toneladas de ouro, escondidas…
Tanta riqueza havia, eu não concordo
Fossem sempre p’los mesmos divididas


Não sei também porquê tanta ignorância
O rico era Senhor por excelência…
Que não se dava aos pobres importância
Tivesse, ou não tivesse inteligência!...


Não sei também porquê e falo então
Nesses anos quarenta, tão ruim!...
Embora a razão diga, tens razão!
Mas sei que hoje é tarde para mim!...


29 de Junho de 2007, João da Palma

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

ADORO A SOLIDÃO






ADORO A SOLIDÃO


EU ADORO A SOLIDÃO
AONDE A PAZ ACONTECE…
E DETESTO A MULTIDÃO
ONDE NINGUÉM SE CONHECE.



Eu gosto da liberdade
Da ordem e do respeito
E reserva-me o direito
De me afirmar na verdade
Eu tenho dificuldade
Em ver valer a razão
Gosto da ocasião
De às vezes ficar sozinho
A meditar de mansinho
EU ADORO A SOLIDÃO

Barulho, não é comigo
Muito menos confusões
Cá tenho as minhas razões
No que penso e no que digo
Sou amigo do amigo
De alma e coração
Sigo um rumo de orientação
Com ideais predilectos
Gosto dos sítios discretos
E DETESTO A MULTIDÃO



Sou adepto do ambiente
Do bem-estar e distrair
Embora sem conseguir
Neste mundo poluente
Há quem fique indiferente
Meu apreço, não merece
Oh! Se eu um dia pudesse
Ao paraíso chegar!
Iria p’ra lá morar
AONDE A PAZ ACONTECE…


Se estou bem sou procurado
Se não estou, lá se desviam
Esquecem quando me viam
Útil e apreciado…
Não estou a mandar recado
Melhor fora que o fizesse
Apenas faço esta prece…
Ao Divino Omnipotente
Me resguarde dessa gente
ONDE NINGUÉM SE CONHECE

19-04-07, João da Palma

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

A SÓNIA FALA DE TODOS


A SÓNIA FALA DE TODOS


Menina preocupada
Com a família que tem
Mesmo sem ser procurada
Não se esquece de ninguém


Fala de primos e primas
E dá-lhes muita importância
Não duvido das estimas
De alguns, mesmo à distância…


Está sempre a falar das tias
Por elas, a perguntar
E assim destas Marias
Que ela diz, sempre gostar!


P’los tios, tem admiração
Consoante o seu lidar…
E conforme a atenção
Que cada um lhe quer dar!


P´la avó, doçura tanta!
Que ela mais adorava!
Essa…era a única Santa!
Que sempre a procurava!...


Abril de 2007, João da Palma

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

POESIA RESISTENTE-1

POESIA RESISTENTE-1


E já lá vão tantos anos!
Esta cena congelada…
Travaram tantos planos
Eles não nos dizem nada!


Aumentam tempo às reformas
Abotoam-se às mesadas…
Nada vai entrar nas normas
Eles não nos dizem nada!


A saúde está doente
A Segurança falhada…
Morremos impunemente…
Eles não nos dizem nada!



Já não há autoridade
Tanta promessa negada
Vão-se negando à verdade
Eles não nos dizem nada!


Virá o dia em segredo…
Por causa desta cambada…
E vamos viver com medo…
Não podemos dizer nada!...


30 de Junho de 2007, João da Palma

terça-feira, 21 de agosto de 2007

SOL E ÁGUA SALGADA


SOL E ÁGUA SALGADA


Hoje foi o primeiro banho
Agradável, não me acanho…
Do resto do verão inteiro!
Naquela praia de Alvor
A água estava um amor
Foi um banho prazenteiro…


Agora já me parece
Que é de vez, qu’a água aquece
No Barlavento Algarvio
O Junho na realidade
Não me deixa saudade
Foi um mês ventoso e frio


Mas agora sim, é verão!
E as praias de Portimão
São no Algarve as princesas
Estão de gente repletas
São as minhas predilectas
As melhores umas belezas!...


Este banho marca o dia
Nesta minha terapia…
Que é sol e água salgada
Vida e fontes de energia
Sem elas nunca seria
A força viva gerada!...


08 de Julho de 2007, João da Palma

NA ESTRADA DA VIDA


NA ESTRADA DA VIDA

Entrei na estrada da vida
Às escuras na caminhada...
Sem rumo logo à partida
E sem um fim para a chegada!

Comecei aos doze anos
A tomar conta de mim
Não pôde fazer planos
Tão novato eu era assim!

Pelos Montes "concertado"
Fazia tudo por bem...
E por mim interrogado,
Por um mundo mais além!

Antes, andei na escola
E facilmente aprendia...
Na minha simples sacola...
Estudava o que não via!...

Fazia trabalhos tais...
Não justos p'ra minha idade
E até mesmo os animais
Me tinham certa amizade!...

26 de Junho de 2007, João da Palma

O MENINO QUE NÃO FUI

O MENINO QUE NÃO FUI
(Inspirado na música da Aldeia da Luz)

Com os meus botões,
Falo de Tacões
Das minhas raízes.
Tão cedo o deixei
Porque procurei,
Dias mais felizes.

Monte de Tacões,
Tenho mil razões
De não te esquecer.
Quando em pequenino,
Nunca fui menino,
Fui moço a crescer

Crescia contente
Nesse tempo a gente
Não tinha ilusões.
Eu nada sabia
Do pouco que via,
Ali em Tacões

Monte de Tacões
De bons corações
Lembrados de mim.
Não perdi o norte
Nem tive mais sorte
A vida é assim!...

Agora bem vejo,
Que o meu Alentejo
Não é o culpado.
Deste meu destino
Desde pequenino
Cumprindo o meu fado!

27/11/2006, João da Palma

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

O NASCER DO SOL


O NASCER DO SOL


O astro rei pinta e sonha
Numa tela, o Rio Arade
Sob o olhar da cegonha,
_Vi nascer a claridade!...


Da minha janela ao Rio,
Vai esta curta distância
E o nascer do sol serviu…
P’ra lhe dar mais importância!


Da cegonha, falo dela,
Por vê-la de boa fé!
Em frente à minha janela,
Nesta nova chaminé!...


O Rio Arade descansa
Sob vasta mansidão!
E esta cegonha mansa,
Acorda em Portimão!...


A cegonha até parece…
A querer falar comigo
Como se ela estivesse
A dizer, bom dia amigo!...


10 de Julho de 2007, João da Palma

PRAIA VENTOSA

PRAIA VENTOSA


Quando a praia é ventosa, o que esperar?
Tudo se enche de areia, que chatice…
Ao mesmo tempo é tal a parvoíce…
-Não ter ficado em casa a descansar!


A norte o horizonte a nos mostrar…
Algumas negras nuvens o céu tingisse…
Esperando assim então que o sol surgisse
Mas vai soprando o vento sem cessar!


Vou ouvindo os protestos da Judite
Mau grado, algum vento inda se agite…
Ela vai apanhando umas conchinhas!


E enquanto este soneto eu vou escrevendo
Lhe vou dizendo amor, te compreendo…
E então ao tempo faço as preces minhas!...


20 de Julho de 2007, João da Palma

SOL E ÁGUA SALGADA

SOL E ÁGUA SALGADA


Hoje foi o primeiro banho
Agradável, não me acanho…
Do resto do verão inteiro!
Naquela praia de Alvor
A água estava um amor
Foi um banho prazenteiro…


Agora já me parece
Que é de vez, qu’a água aquece
No Barlavento Algarvio
O Junho na realidade
Não me deixa saudade
Foi um mês ventoso e frio


Mas agora sim, é verão!
E as praias de Portimão
São no Algarve as princesas
Estão de gente repletas
São as minhas predilectas
As melhores umas belezas!...


Este banho marca o dia
Nesta minha terapia…
Que é sol e água salgada
Vida e fontes de energia
Sem elas nunca seria
A força viva gerada!...


08 de Julho de 2007, João da Palma

AINDA, NO MÊS DE JULHO

AINDA, NO MÊS DE JULHO


È Julho é pleno verão
Tomar banho nem pensar!
Nas praias de Portimão
Está fria a água do mar!


Toda a gente está à espera
De uma grande “suestada”…
Nestas praias quem me dera
A água ficar temperada!...


Enchem-se as praias de gente
Em toda a costa Algarvia
Enquanto que o ar é quente,
A água ainda está fria.


Vamos entrando na água
A ver se o banho se faz
E depois com muita mágoa
Voltamos logo p’ra traz.


Este ano, não consegui
Ainda tomar um banho
Na praia, e até aqui…
O que acho muito estranho!


5 de Julho de 2007, João da Palma

01 DE JULHO NA PRAIA

01 DE JULHO NA PRAIA


O Julho apareceu surpreendente
Nas praias Algarvias, e nublado
O sol se escondia envergonhado…
Por de traz de uma nuvem impertinente…


Foi melhorando então suavemente
Pela tarde o céu limpo e azulado
Mostrando um amanhã mais desejado
A um banho de mar, ameno e quente!...


O Julho vai mostrando o seu encanto
E as águas inda frias, por enquanto!
Mas vai passar dos vinte, é preciso!...


Embora ainda surjam maus agouros…
Daqueles que nos chamam como “mouros”
O Algarve inda é um Paraíso!...


02 de Julho de 2007, João da Palma

EDIFÍCIO SOL EM PORTIMÃO


EDIFÍCIO SOL EM PORTIMÃO


Na, D. Carlos lº, em Portimão
Nos quarenta e dois, no quinto andar
No Edifício Sol, e a sonhar…
Admiro o Rio Arade, em vastidão!...


De assalto - vi tomado o coração…
Passando sobre um barco o meu olhar
Vejo uma gaivota a esvoaçar
E as águas marulhando em borbulhão…


Neste braço de mar, é quase tudo:
Feito um emoldurado, a Ferragudo
Maravilhosos feitos – Talismãs!...


Na frente o «Calçadão e Marginal»
Bela Vista, e Aldeia do Parchal
«Um rio onde se cruzam amanhãs


2004, João da Palma