domingo, 28 de outubro de 2007

O VELHO COM UM FEIXE DE LENHA


VELHO OU IDOSO


Quando por velhos somos tidos
E a vida já pouco dura
Vamos ficando esquecidos
E já ninguém nos procura


A velhice é mal tratada…
Por vezes até um filho
Diz, o velho não tem nada…
Já somos um empecilho.


Outrora fonte de vida
Que saciou tanta gente
Hoje vai sendo esquecida
Nas águas de outra nascente.


Foi um velho que me ensinou
O respeito e a humildade
Que hoje em parte se mudou
No cinismo e na vaidade.


O que eu aos jovens diria:
Olha o velho sem desdém…
E notem que um certo dia,
Podeis ser velhos também!...


25-10-07, João da Palma

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

LUIS DE CAMÕES


A MÉTRICA E A RIMA


Escrevo poesia assim… rimada
No seu estilo nato de cadência…
Pois se esta é uma arte delicada,
Já vem de muito longe sua existência!


E a poesia bem metrificada
Respeita a sua regra de excelência…
Não pode jamais ser desbaratada…
Quando ela respeita a sua essência!


A arte de rimar não será tudo,
Se não tiver presente o conteúdo…
De em cada verso, quase adivinhar!


Onde é que se viu boa poesia
Sem a simplicidade e a mestria,
Ao mais belo estilo popular?!...


22-10-07, João da Palma

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

MANUEL MARIA BARBOSA DU BOCAGE


CARPINTEIRO?...


Media paus e cavacos…
Arregotas e tanganhos…
Media ripas e tacos
E carapetos estranhos


Media mogno a sorrir,
Toda a madeira que havia
Só não sabia medir,
Métrica da Poesia!...


Media todo o tamanho
De qualquer estaca ou madeiro…
Media também castanho…
Eucalipto e Zambujeiro.


Media portas, janelas
Melhor que os abegões
Para ferrolhos e tramelas…
Media também portões.


Qualquer Poeta reage
Depois de provar primeiro
O que diria o Bocage,
Se lhe chamassem carpinteiro?...


05-07-2007, João da Palma

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

A SÓNIA FOI PUNIDA (Foto junto ào muro da Instituição CRACEP)



A SÓNIA FOI PUNIDA
(Ainda a propósito da expulsão da Sónia)


A SÓNIA FOI EMPURRADA
DA CRACEP EM PORTIMÃO
SUSPENSA E CASTIGADA
E EXPULSA P’LA DIRECÇÃO!



Tal é o atrevimento,
Punir a Deficiência!
É falta de competência
E reles descaramento.
Provocaram sofrimento
À minha filha adorada,
P’la Direcção atirada…
Para fora do Portão
Daquela Instituição,
A SÓNIA FOI EMPURRADA


Bastava um ou dois dias,
Na CRACEP era demais…
Começando as infernais
Perseguições doentias…
Sucediam-se as manias…
P’ra Sónia ser saneada.
A Direcção preparada
Para o último empurrão
Que faria da Sónia então,
SUSPENSA E CASTIGADA


Vinha sendo molestada,
Já desde o ano passado
E eu estava preocupado
P’la orientação tomada
A Sónia mal vigiada,
Provoca inquietação.
Dentro desta condição,
Instala-se um mau estar…
Para assim se expulsar
DA CRACEP EM PORTIMÃO


E para o golpe final,
Um tanto ou quanto ilusório
Fabricam o relatório
À Segurança Social!...
Esta, pouco natural
Desconhecendo a razão,
Vai contornando a questão
Encostada á parte errada…
E, a Sónia foi lesada,
E EXPULSA P’LA DIRECÇÃO!


Abril de 2005, João da Palma

SUSPENSÃO, (SÓNIA)


SUSPENSÃO
(A propósito da Expulsão da CRACEP)


Sónia, minha filha adorada,
Por não teres na vida autonomia…
Precisas sempre apoio dia a dia
E sempre por alguém acompanhada!...


Haverá sempre um Sol, uma Alvorada!
Um rasgo de carinho e de alegria!
Que ponha termo a tanta apatia…
E a certa vigilância a ti negada!...


Apelo às consciências e valores…
Às altas competências e Senhores…
Que têm a tutela da criança!...


E por ti minha filha vou pedindo,
Esperando que a razão me vá ouvindo
E o Sol renasça em ti com confiança!...


Abril de 2005, João da Palma