SEMPRE À RASCA
À rasca é estar encalhado…
Naqueles anos quarenta
Se andas agora enrascado,
Olha; como eu, aguenta!
Mais que setenta, passados
Acham que isto se consinta?
Vinham tantos enrascados
Ind’antes dos anos trinta!
Com foice, sacho e enxada
E de pá e picareta
Como não tinham mais nada
Passavam dias sem “cheta”
Não se podia falar
Por causa daquela “ceita”
Era comer e calar!
A PIDE estava à espreita.
Agora saem da casca…
Já há liberdade, malta…
Embora estejam à rasca,
Parece que nada falta!
12-05-2011, João da Palma
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