INVOLUNTÁRIO
Mote:
Bati à porta da vida
Perguntaram, quem lá vem?
Sou uma alma nascida,
Sem ter pedido a ninguém!
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1.
Como isto foi, me confundo
Nada me foi perguntado
Se eu estaria interessado,
Em vir para este mundo
Nem me deram um segundo
P’ra importante saída
Assim tive que à partida
Vir e fazer parte dela,
Como tinha que entrar nela
Bati à porta da vida
2.
Entrei, passei a vivente
Pessoa e cidadão
De corpo, alma e coração
E uma vida pela frente
Vi-me num mundo exigente
Não sei se entrei mal ou
bem
Sabe-se lá, p’ro que vem
O homem sem ser convidado
Quando vozes deste lado
Perguntaram, quem lá vem?
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3.
E eu sem poder falar,
Sem voz e olhos fechados
Os membros atrofiados
Difícil de equilibrar
Exposto à luz solar
E a toda e qualquer medida
Nesta intempérie sofrida
A que Deus me destinou
E tal qual como aqui estou
Sou uma alma nascida
4.
Nascido neste Universo
Cheio de mundos diferentes
De ideais pertinentes
Num sufoco controverso
Nisto tudo sou perverso
Na razão que me sustem
Ando neste vai e vem…
Com um desgosto profundo
De ter vindo a este mundo
Sem ter pedido a ninguém!
24-03-2011, João da Palma
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domingo, 13 de outubro de 2013
INVOLUNTÁRIO
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