ALENTEJO ZANGADO
Já
não quero ser celeiro
Não
ter trigo nem cevada
Não
quero terra alquevada
Nem
terra p’ra sementeiro…
Eu
já não quero semear
Nenhum
destes cereais
Cevada
p’ros animais
Nem
trigo p’ra debulhar!
Não
quero pomares nem hortas
Nem
legumes, ou hortaliças
Nem
toucinho, ou linguiças
Vem
tudo fora de portas…
Trabalhar
não é comigo
Só
quero comer e beber
Venha
lá donde vier,
Não
me empurrem ao castigo!
Nada
com agricultores
Eu
só quero descansar!
O
capacete abanar,
E
curtir, computadores!
24-03-2011, João da Palma
Sem comentários:
Enviar um comentário