domingo, 13 de outubro de 2013

ALENTEJO ZANGADO


ALENTEJO ZANGADO


Já não quero ser celeiro
Não ter trigo nem cevada
Não quero terra alquevada
Nem terra p’ra sementeiro…


Eu já não quero semear
Nenhum destes cereais
Cevada p’ros animais
Nem trigo p’ra debulhar!


Não quero pomares nem hortas
Nem legumes, ou hortaliças
Nem toucinho, ou linguiças
Vem tudo fora de portas…


Trabalhar não é comigo
Só quero comer e beber
Venha lá donde vier,
Não me empurrem ao castigo!


Nada com agricultores
Eu só quero descansar!
O capacete abanar,
E curtir, computadores!



                   24-03-2011, João da Palma

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